Policiais são afastados da função após agressão de advogado em presídio de POA

Os policiais militares envolvidos na agressão do advogado Ismael Santos Schmitt foram afastados da função, após fato ocorrido na última quinta-feira (03/06), na Cadeia Pública de Porto Alegre. A medida foi tomada após reunião realizada na última segunda-feira (07/06).

Afastados da função
Na ocasião, o advogado estava dentro de seu carro quando foi abordado pelos policiais, que lhe exigiram identificação. Ao fornecer sua OAB, os agentes afirmaram que o documento não era o suficiente, quando começaram a agredi-lo, quebrando sua carteira, o imobilizando, além de algemá-lo.

A reunião em que foi decidido pelo afastamento contou com a presença do presidente da seccional, Ricardo Breier; o conselheiro seccional Leonardo Lamachia; a presidente da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas da OAB-RS, Karina Contiero; o superintendente de serviços penitenciários do estado, José Giovani de Souza; diretor da cadeia, Carlos Magno; e com o secretário estadual de Administração Penitenciária, Mauro Hauschild.

Na ocasião, afirmou Breier:

Contamos com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seapen) e com a diretoria da Cadeia Pública para que todas as providências necessárias sejam tomadas. É necessário o afastamento dos policiais militares para que possamos exemplificar a necessidade de mudança de uma cultura. Não podemos permitir que aqueles que pratiquem autoritarismo dessa ordem fiquem impunes. Quebrar a carteira profissional de um advogado é uma ofensa direta a toda a advocacia.

Diante do caso, o diretor da cadeia atendeu o pedido pelo afastamento dos policiais. Breier, por sua vez, também pontuou a necessidade de manter informada a OAB-RS sobre todos os movimentos do caso. Hauschild também destacou:

A Seapen vai dar prioridade ao caso, para que seja elucidado o mais rápido possível, pois visamos sempre melhorias nos procedimentos para evitar que tais ocorrências aconteçam.

Por fim, a OAB-RS comunicou que fará um ato virtual de desagravo público em nome do advogado Ismael:

O ato de desagravo visa a mostrar a união da advocacia diante de uma ofensa à honra de um colega que foi impedido, de forma violenta, de cumprir com a sua função constitucional”, assinala Breier. Segundo ele, “o desrespeito às prerrogativas da advocacia e o abuso de autoridade por parte de agentes públicos ainda são, infelizmente, uma realidade.

Fonte: Ciências Criminais

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>