Convidado pelo advogado Jonas Tadeu Nunes, Wallace Martins afirmou, em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (19), que vê injustiças no caso.
“Eu me interessei pela causa diante do grave estado de injustiça tanto do ponto vista direito penal quanto do direito processual penal. A maior injustiça é a classificação do delito como homicídio doloso triplamente qualificado. Eles acenderam os rojões. Eu ainda nem vi o inquérito, mas eles explodiram. Qual era o dolo deles, de matar? Claro que não, a intenção era fazer barulho e que o movimento fosse notado, não havia dolo de matar, nem eventual”, argumentou o advogado Wallace Martins.
Para Martins, o crime cometido pelos acusados é de homicídio culposo (sem intenção de matar) por imprudência. O advogado frisou que precisa conversar com os acusados para se aprofundar no caso.
“Eu ainda não conversei com eles. Embora não seja obrigatório, é bom saber mais alguma coisa. Só sei o que saiu na mídia e o que foi passado pelo outro advogado [Jonas Tadeu]”, afirmou Martins.
Jonas Tadeu Nunes, que está desde o início do caso na defesa da dupla, disse ao G1 que o novo advogado vai contribuir também para a agilidade do trabalho.
“Eu convidei o Wallace para ajudar na parte mais prática. Ele tem escritório no Centro e, como esse processo está sendo desenvolvido no Fórum da capital, é mais facil. Ele [Martins] é muito inteligente, tem muita teoria. Estamos esperando o juiz dar um parecer sobre a denúncia do Ministério Público para podermos excercer o direito de defesa”, contou Nunes.
Fonte: G1